terça-feira, 5 de março de 2013

Fabricação de Queijo


Processo de Fabricação de Queijos

Apesar de milenar, a fabricação de queijo vem se modificando e se adaptando aos processos industriais de grande porte. Porém, entendemos que a atividade artesanal ainda tem seu espaço, pois é apenas através dela que é possível acompanhar de perto cada passo da produção, imprimindo personalidade a cada tipo de queijo. Esse diferencial competitivo abre espaço dentro do mercado, atendendo a necessidade dos consumidores ao buscarem novas experiências de consumo.
Quem sabe, não seja a oportunidade de pensar neste negócio e, se for este o caso, lhe daremos algumas ferramentas e informações que lhe ajudarão a decifrar este apaixonante negócio agro - alimentar.






PROCESSO e FABRICAÇÃO DE QUEIJOS (abordagem genérica) 
Recepção da Matéria prima:

·      Recepção: Tarefa na qual o leite é higienizado com o fim de eliminar suas impurezas provenientes do tambor. Esta operação se realiza com um tanque em aço inox, equipado com coadores super finos;

·        Homogeneização do leite: pode ser feita a homogeneização se a intenção é que se tenham parâmetros específicos de gordura. Para isso, se utilizam desnatadores que, por ação de centrifuga, separam a gordura láctea. No caso da não realização deste tratamento de homogeneização, o queijo pode ser fabricado com leite integral;

·     Armazenamento: Posteriormente, se o leite não for submetido ao processo de fabricação de queijo no ato, deve-se esfriá-lo a -3/-4° graus, pois esta é a temperatura ideal tanto para conservação quanto para transporte;

·     Pasteurização (Tratamento térmico do leite): Antes de iniciar a fabricação de queijo, seja com leite recém ordenhado, refrigerado ou armazenado, o leite deve ser submetido a um processo térmico a 72-80° graus durante 20-40 segundos (esse processo se chama pasteurização). Realizado com equipamentos de pasteurização com controle de temperatura, seu objetivo é eliminar micróbios patogênicos do leite. Quando esse processo não é aplicado dizemos que o queijo foi fabricado com leite cru. O Queijo fabricado com leite cru, é muito saboroso, e pode ser consumido sem nenhum problema, respeitando sempre sua maturação mínima de mais de 60 dias á uma temperatura de 5°, salvo se o leite procede de tambores higienizados e com boas práticas de produção;


·       Tanqueado: Preenchimento do Tanque e incorporação de fermentos. Uma vez que o leite foi tratado termicamente, o “cru” deve ser colocado em um tanque ou cuba para que possa ser submetido a processo de esquentamento á temperatura de 25-30° graus, onde será incorporado o cultivo de bactérias lácteas e fermentadas, molhos cuja missão é fazer crescer, dar aromas e sabores, que serão desenvolvidos em um próximo processo (maturação);


·       Coagulação do Leite: Na seqüência, se inclui o coalho em porções indicadas pelo fabricante e dependendo do tipo de queijo a ser fabricado. Neste momento é quando de fato o leite passa a transformar-se em queijo, tendo em vista que a caseína (importante proteína do leite) é coagulada a uns 30-32° graus, as fórmulas para a fabricação conforme o queijo vão entre 30-35° graus.  Outra técnica de coagulação é mediante a acidificação do leite, nesta se deixa o leite em temperatura ambiente e sua acidez vai subindo até que passa a adquirir um aspecto de coagulado ou de “leite coalhado”. Este sistema é utilizado na fabricação de vários tipos de queijos;





·      Corte da massa coalhada: Quando a coagulação estiver terminada a massa ou pasta coalhada deve ser cortada mediante facas ou liras, o objetivo de cortar a massa é conseguir blocos/grãos quadrados de maior ou menor tamanho, dependendo do soro que se deseja reter, normalmente um queijo mais úmido (queijos frescos) estão formados por blocos/grãos maiores. É nessa fase que se extrai o soro que sobra (soro e a parte líquida do leite que não foi aproveitada na fabricação do queijo) o qual, dentre outras aplicações, se usa para fabricar ricota;

·      Esquentamento da Coalhada: A massa ou pasta coalhada, uma vez que tenha sido cortada deve ser levada ao forno entre 30-40° graus, enquanto é agitada para que os blocos/grãos permaneçam separados e não se unam novamente. Quanto mais quente ficarem os blocos/grãos de massa, mais seco será o resultado devido ao maior desprendimento de soro. Em função da temperatura a que foram submetidas à massa/ pasta, denominamos: pasta/massa macia, pasta/massa semi-cozida;

·     A Prensagem do Queijo: Finalizado o esquentamento, procedemos com o preenchimento dos moldes que darão forma e tamanho ao queijo. Os moldes podem ser submetidos a uma prensa. Esta pressão produz uma eliminação de soro e permite com que o queijo adote formas mais acentuadas. Assim falamos de queijos de pasta/massa prensado e de queijos de massa/pasta não prensado;


·         Selagem do Queijo: Uma vez que o queijo foi prensado, passamos para a fase de selagem. Esta pode ser feita a seco, diretamente sobre a massa ou por imersão em água, com sal ou salmoura;


·       A Maturação do queijo: A maturação é a última fase da fabricação. Pode durar desde algumas horas, até vários meses, variando conforme o tipo de queijo que se deseja obter. Neste processo de maturação se desenvolvem uma grande quantidade de aromas e sabores. A Maturação se leva a cabo em zonas especialmente condicionadas, onde a temperatura e a umidade são adequadas para cada tipo de queijo, o que implica adaptar instalações, com clima controlado, mesmo em regiões que possuem condições naturais de temperatura e umidade, o que dão uma condição especial a seus queijos.
  


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